Ao dileto filho Dom Gabriel de Orleans e Bragança, bispo da Santa Igreja Romana.
Posto pelos altos
designíos da Divina Providência, ainda que imerecidamente, no exercício de
Bispo de Roma, dirijo meus olhares para as necessidades mais prementes da
Igreja, sobretudo, neste particular, as que envolvem o ministério apostólico e
ação providencial do colégio cardinalício.
Os cardeais, para além de assegurar a
eleição do Romano Pontífice, tem a função de assistirem ao Ministério Petrino
no cuidado cotidiano da Igreja universal. A estes compete responder, através
dos mais variados ofícios, sobretudo na Cúria Romana, junto ao Santo Padre, às
questões de maior importância para a vida da Igreja.
O cardinalato, porém, não deve ser
compreendido como uma bonificação clerical, no sentido de ter-se maior
prestígio na Igreja, mas a multiplicação de esforços no serviço apostólico. O
cardeal, portanto, é chamado a ser exemplo de entrega humilde e abnegada às
coisas atinentes ao Reino de Deus.
E tu, caríssimo filho, que és
experiente no exercício do episcopado e tens se destacado no serviço
apostólico, nas atividades pastorais, no cuidado com o povo de Deus, apresentas
todas as características e dotes que são exigidos para o exercício do
cardinalato.
Destarte, nomeamos-te cardeal da
Santa Igreja Romana, e designamos-te como titular da diaconia di
Sancta Teresiae a Infante Iesu.
Por fim, recomendamos-te à proteção da
Virgem Santíssima, a qual, com seu amor materno, cuidará bem de ti.
Dado e passado em Roma, junto a São Pedro, aos 23 dias do mês de novembro de 2023,
primeiro de nosso pontificado.